domingo, 11 de outubro de 2015

Entrevista Edson Maisonnette (correfacil)

Fala pessoal, hoje estou trazendo uma nova entrevista com o amigo Edson, que tem o perfil no IG @correfacil para quem não conhece e quiser continuar acompanhando a rotina dele.

Como você começou na corrida/triathlon?
Sempre fui adepto à prática desportiva. Porém, em 2007 tive uma ruptura de ligamentos de tornozelo, o que me fez ganhar muito peso. Após chegar a 84 kgs e 27% de gordura, resolvi voltar ao esporte em Julho de 2008. Fazia jiu-jitsu, spinning, musculação e corria por conta própria. Então me inscrevi na 10 milhas Mizuno e em seguida na Meia Maratona do Rio. Sem qualquer experiência e orientação, fechei a prova na casa de 1:53, se não me engano. A partir daí, o Rodrigo Eichler (que prestava assessoria para empresa onde eu trabalhava) me convidou para um treino e perguntou se eu sabia nadar e pedalar. Acabou me convencendo de ir a Santos correr a etapa final do Troféu Brasil (Dezembro de 2008), com uma bike emprestada mesmo. A partir dali, não larguei mais. 

Qual a motivação para continuar treinando?
Acredito que motivação é algo muito pessoal e muda com a evolução e maturidade no esporte. A cada ano sento com meu treinador, Ezequiel Morales, e conversamos muito sobre o planejamento, quais as provas alvo, quais as provas treino, quando tenho de descansar e quando preciso fazer força. Ser orientado por um profissional de ponta faz toda diferença para manter-me motivado e chegar a bons resultados. Vale sempre lembrar que um bom resultado também é subjetivo, de acordo com a história de cada um. O importante é sempre estar evoluindo. "Ser melhor do que fui ontem" é a meta. 

Para quem ainda não sabe, como foi conseguir a classificação para o mundial 70.3 do ano que vem?
No começo do ano, durante o planejamento, decidimos que duas metas para o ano: Sub 10 no Iron Floripa e brigar pela vaga no 70.3. Para isso se realizar, treinei muito, muito mesmo. Por vezes fechei uma sessão de treinos me arrastando. Mas era necessário. Foz foi uma prova escolhida estrategicamente. Arrisquei tudo por lá, canalizei minhas energias e deu certo. Confesso que quando ouvi meu nome sendo chamado, fiquei emocionado. Se alguém olhar a carta que assinamos quando pegamos a vaga, vai ver minha assinatura toda tremida (rsrsrs). A verdade é que é uma realização no esporte. E conseguir logo na primeira prova da temporada te dá uma tranquilidade a mais para treinar, juntar uma grana, etc. 

Vi que mesmo depois de classificado você continuou com treinos para o IM Fortaleza, o objetivo também é a classificação pra Grande Ilha? Já que o IM Fortaleza não é tão disputado como Floripa, e o clima assusta os competidores?
Cumpridos os dois objetivos do ano, já poderia encerrar 2015 tranquilo. Mas quando me dei conta, já estava inscrito em Fortaleza. Lá, terei duas metas: a primeira é completar todas as provas do circuito Ironman no Brasil em um mesmo ano. A segunda é conhecer uma prova mais dura e sair um pouco de Floripa. Não espero uma vaga para Kona pois sei que neste momento não estou novamente no pico, no auge do ano (mas se os deuses de Kona assim quiserem, a gente agradece, né? rs). Quanto à prova dura, eu realmente prefiro as provas mais difíceis às provas mais rápidas. Acho que consigo obter melhores resultados com provas onde as adversidades (principalmente climáticas) são maiores. É algo pessoal, cada atleta tem de encontrar o meio onde melhor se adapta e o meu, de fato, é onde todos sofrem mais. 

Quer deixar alguma mensagem para que está lendo?
Cara, acho que o esporte pode mudar nossa vida e seus ensinamentos são perfeitamente ao nosso cotidiano. Superamos adversidades, fazemos amigos, e nos divertimos muito. Aos que pretendem levar um pouco mais a sério, devemos sempre acreditar, trabalhar duro e seguir as orientações de um profissional capacitado e de confiança. E principalmente, fazer o que realmente amamos. Um grande abraço a todos e podem sempre contar comigo.

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